quarta-feira, 3 de junho de 2015

Nós e o populismo. A elite que mente e aponta o dedo.

Iremos flanar rapidamente pela história e acompanhar o estrago que o populismo produz no bolso da gente comum, sejam pobres ou classe média. E perceber o mal encruado no poder já há muito tempo.

Getulio Vargas acabou com o café com leite praticado na esfera federal de poder, mas nada que possa ser festejado, pois o que foi deixado como alternativa a esse revesamento de poder da oligarquia cafeeira paulista e mineira na presidência da republica, foi o populismo. O populismo já existia nos discursos, mas como forma efetiva de poder nos foi apresentado no Estado Novo na sua forma mais autoritária. Aliás o populismo se aplica a uma liderança carismática, que aproveitando-se da popularidade, procura sufocar a oposição tendendo ao autoritarismo, Vargas apenas se aproveitou da situação conturbada para impor seu modelo logo de início. Além da tendencia autoritária, o populismo se caracteriza pelo uso intensivo dos meios de comunicação para manter sua proximidade com a massa que o apóia, pois assim também mantem a oposição sempre na defensiva das ações políticas. A propaganda se apropria do apoio popular como se o mesmo fosse incondicional e massivo, assim qualquer pensamento diferente, oposicionista, parece merecer um tom de cautela para não ser rotulado como algo que é contra o povo, contra os "interesses nacionais". Essa apropriação da virtude pelo discurso carismático também foi muito bem utilizada na propaganda atual do PT e alguns de seus siameses.

Como o populismo se alimenta por politicas publicas de agrado popular, principalmente no assistencialismo aos pobres e a medidas de efeito junto à classe operária, principalmente a sindicalizada, e sabendo que tanto o assistencialismo, como as medidas intervencionistas, geralmente ignoram a responsabilidade fiscal, estas dificilmente se apoiam em contrapartidas financeiras necessárias. Muitas vezes o dinheiro necessário para pagar a conta vem sendo obtido através da maior carga de impostos, que tiram recursos da sociedade produtiva diminuindo as possibilidades de investimento privado. Hoje o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, o que efetivamente não colabora para um crescimento sustentável, ainda mais cientes de que muito desses recursos recolhidos acabam sendo novamente privatizados pela classe politica e deixam de servir a um propósito mais generoso. O populismo assim visa manter o clima de paternalismo permanente, mesmo que isso signifique ser o governo como um parasita que acaba por asfixiar o seu hospedeiro, a economia produtiva, e juntos podem acabar morrendo.

O que vemos hoje nada mais é do que a conta desta festa chegando. O grande erro estratégico desse período populista sindical atual foi ignorar a matemática das contas públicas. O modelo socialista, seja ele apoiado ainda no capitalismo, comete sempre esse equívoco, pois a festa dura enquanto não acabar o dinheiro dos outros (setor produtivo). E hoje podemos registrar as inúmeras maneiras que o populismo criou para acabar com a própria festa. Nestes ultimas décadas, o crescimento baseado na demanda, no consumo, sem as contrapartidas de infraestrutura e de produtividade permitiram uma longevidade da miopia nacional, mas a mesma longevidade desse crescimento capenga provocou um rombo suficiente para que fosse imprescindível um ajuste imediato no curso. Como esse ajuste foi necessário bem as vésperas da eleição passada, ele era impensável, e de forma rasteira foi acusado de ser a "politica criminosa da oposição" que faria tudo o que está sendo necessário ser feito por quem acusou ao outro. Além de não ser admitido pela presidente, o mesmo também foi postergado, e pedalado, causando estragos ainda maiores do que o previsto. Mas não foi apenas isso que ocorreu na economia. Dilma se viu sozinha no leme, pois a nau estava a deriva e ninguém quis assumir a culpa, nem ela mesma. A tempestade perfeita se formou nas contas brasileiras varrendo nossas divisas. A recessão se juntou com a incompetência e com a fraude política, trazendo a desconfiança generalizada, assim a perda de valor ultrapassou os parâmetros matemáticos para aderir a números puramente especulativos. A ladeira virou um abismo.

Além de verificar o estrago maior, o econômico, temos que perceber os estragos culturais dessa politica perniciosa. O populismo sempre se colocou como o pai dos pobres, dos desfavorecidos, sendo seu principal discurso se colocar como solução imediata das necessidades primárias através dos favores do Estado, um paizão para com essa parcela majoritária de eleitores. Quem em situação de pobreza, analfabeto funcional e desqualificado para o emprego não se agarra a uma promessa de dias melhores promovidas pelo socorro estatal, já que não vislumbra uma solução no horizonte? Além desta parcela de miseráveis em desespero, existe uma que se aproveita dessa festa para poder subsistir sem precisar prosperar. Aliado a essas situações emblemáticas, temos hoje em dia, também aqueles que aprenderam a se "profissionalizar" para se aproveitar das benesses assistencialistas do Estado se vitimizando em busca de seu quinhão. E não falo apenas dos aproveitadores de carreira solo, mas de famílias que procuram assumir um papel de uma minoria "oprimida" a fim de obter ajuda oficial. O populismo sindical está aí para estigmatizar minorias e fazer com que as gordas verbas assistencialistas jorrem a favor desses grupos organizados, 'vitimas profissionais'. 

Como resultado derivado disso, muitos pobres nem procuram vencer por seus méritos, afinal eles são vitimizados, recrutados e convencidos que o resto do Brasil nem os conhece e nem os quer na sociedade. Uma educação decente dificilmente é incentivada na prole a fim de promover um futuro melhor, apenas se aprende o básico para se obter o máximo em cima de "direitos" obtidos por sua condição. Essa cultura de dependência apenas ajuda a ressaltar as mazelas de um Estado paternalista, mas o principal crime sobre a formação cultural do povo é faze-lo acreditar que só existe uma solução, e a mesma é ser salvo, nunca se salvar de si mesmo e de sua condição, e nunca se promovem as ferramentas para a ascensão econômica e social do indivíduo como maneira de vencer. Pior ainda é culpar alguém pela condição dessa massa que subsiste na pobreza. Culpar aqueles que obtiveram sua ascensão e são motivo de inveja, sim, a elite. Quem seriam esses criminosos da elite? A começar, a classe média e os empresários...Culpar os ricos pela pobreza sempre foi a escaramuça principal dos governos populistas, principalmente os de ideologia de esquerda mais exacerbada. O fracasso de gestão pública, econômica e de planejamento são substituídos por um fator mais factível aos ignorantes, afinal é mais simples faze-los entender que alguém ficou rico porque "roubou" de alguma maneira o dinheiro que era pra ser distribuído pelo Estado aos pobres. A matemática econômica não vai explicar bolhufas a essa massa ignorante em aritmética, fica mais factível pensar que alguém ficou com o que era deles, afinal todos somos iguais, não? E se algo pode ser mais nefasto do que essa balela de igualdade, eu não conheço. Iguais em direitos e oportunidades está muito distante da igualdade de condições ou a igualdade de capacidades. Já há muitas décadas tem sido muito mais fácil obter votos através do mecanismo socorrista do que promover o desenvolvimento dos recursos necessários para que essas pessoas se qualifiquem a um emprego, a forma mais segura de combate à miséria. 

Pensar que divinamente somos iguais permite o pensamento de que que a justiça seria feita através do milagre da distribuição forçada, ou imposta. Esse pensamento foi gestado no DNA comunista e assim a burguesia seria acusada de ser o demônio pelo próprio demônio. Simetria perfeita da canalhice. Se antes, no comunismo arcaico, o inimigo era o grande capital, hoje no socialismo sindical fica estranho demonizar os próprios parceiros de negócios que andam frequentando os palácios do governo. Como ensinou Antônio Gramsci, a família burguesa e o cristianismo eram os principais obstáculos ao sucesso comunista, e assim adaptaram o discurso do inimigo para uma nova elite, uma elite desarticulada, frágil em sua própria defesa, a classe média. Para o muito pobre, a classe média é muito rica já, são questões apenas de referencia. A desarticulação da classe média é histórica, mas não perpétua, pelo bem do país espero que sim.

A providência paternal unida ao discurso do "inimigo externo" dos pobres, as elites, é usado quase como uma ficção no imaginário da população pouco instruída. Elite, esta pode ser demonizada como o fator, ou o grupo que impede que os pobres saiam da pobreza sendo assim os inimigos primordiais do povo. A ideia é que todo e qualquer individuo que não seja pobre ou remediado é da elite e deve ser combatido, derrotado, humilhado como vingança pelas humilhações sofridas. A essa estratificação do nós e eles, deriva-se muitos sentimentos habilmente usados pelos apelos populescos, principalmente por aqueles treinados na  turma de Frankfurt e Gramsci. A inveja, o ódio, o isolamento social do pobre, a alienação da sua consciência como individuo, a sua inserção no coletivo "revolucionário" e a formação do inimigo exógeno ao seu isolamento, a elite opressora. Pronto, estamos quase em guerra, senão em armas como imaginavam, em guerra pelos corações e mentes deste rebanho que forma o maior curral eleitoral do país.

Quando o populismo descobriu o dueto, paternalismo estatal e elite opressora, ele não se contentou, acabou por refinar mais um aliado, a ignorância. Investe-se pesado em obras civis de escolas mas quase nada na qualificação do professorado e muito menos em sua valorização profissional. Um país continental que não consegue sair da rabeira na qualidade de sua educação, uma vergonha ou um caso pensado? As obras geram oportunidades financeiras aos contratantes e contratados, mas seus resultados quase nada geram aos seus destinatários devido a falta de "vontade politica". Porque será?

Assim, o discurso populista se torna a armadilha que prende a todos nós, o povo, a uma elite sem nomes e sobrenomes centenários pois ela se forma e transforma a cada ciclo de poder partidário em um reinado presidencialista com sua corte transitória, composta pelo congresso, ministérios, cargos estatais, secretarias, autarquias e infindáveis cabides de emprego aos vassalos de plantão. Há algum tempo a elite era a esquerda caviar acompanhada de "nobres empresários" acostumados ao leite das mamas estatais. Hoje é a elite sindicalista, mixada com a esquerda caviar, e os nobres empresários salpicaram o leite das mamas estatais com um pouco de azeite Petrobras. Enfim, mudam alguns ingredientes, mas o prato é o mesmo, Populismo a la Banânia.

Se fossemos uma orquestra, estaríamos repetindo o mesmo disco já há muito tempo, ainda em rotação 78 como nos antigos gramofones, estamos submissos a essa elite polimorfa que se alterna no poder apenas sendo diferente nos rostos e siglas, CNPJs e títulos acadêmicos mas mantendo o mesmo ritmo desde Chiquinha Gonzaga no começo do século passado. É como se houvesse um desfile sempre com as mesmas bandas que vão se alternando repetidamente na avenida e o povo fica lá, aplaudindo eternamente as mesmas.

Mudamos o milênio, mas não mudamos o padrão de dependência inescrupulosa. Entram Getulios, saem Janios, vem Collors e vão Lullas, e continuamos a sonhar com o próximo salvador da pátria que nos livrem da corrupção e do descaso, sendo eles mesmos com sua política, os causadores da paralisia que vivemos. Esse desfile já dura mais de um século. É muito tempo para um povo não acordar. Estamos hipnotizados por uma inércia bolorenta. Continuamos pobres mesmo com alguns ciclos de prosperidade que apenas colaboram para manter a ilusão de que temos um futuro. Continuamos dependendo do humor e da complacência de vossas altezas no poder para sobreviver. Basta uma breve crise na economia e lá se vão as conquistas de décadas de trabalho. Desemprego, poder aquisitivo, estudos e projetos rio abaixo e milhões voltam a cair no atoleiro da pobreza sedentos de socorro estatal para não passar fome e frio.

Quando o povo brasileiro entenderá que a vida não é aquilo que nos entregam como realidade? A realidade pode, e deve, ser medida pela régua de nossos sonhos, não pela régua do que nos dizem ser possível. Assim como acreditamos nisso pessoalmente, deveríamos acreditar como povo. Basta querer mais, exigir mais. Nos contentando com esmolas, seremos eternamente dependentes. Não devemos exigir "direitos" trabalhistas mas sim direito ao trabalho. Ronald Reagan já dizia que o melhor programa social de um governo é o emprego. Mais que reclamar esmolas e "direitos" que nos custam muito caro, devemos exigir que se permita criar empregos mais perenes e menos efêmeros, criar qualificação através do ensino, criar condições econômicas para que o trabalhador receba seu salário, sem que o governo tome boa parte dele compulsoriamente emprestado para utilizar em suas desastradas empreitadas corruptas e ineficientes, e acaba por fazer pior, devolve o que pegou devidamente corroído, com correção abaixo da inflação, ou seja, devolve muito menos do que tomou. Chega de imaginar o Estado como solução de tudo. Ele deveria se ater a diretrizes de eficiência na politica administrativa, econômica, legislativa e jurídica, prover a cobertura de demandas primárias de saúde, bem como de transporte onde se carece. Fiscalizar abusos e punir adequadamente. Representar-nos oficialmente frente a outras nações e basta. Deixa que faremos o resto. Criaremos riqueza e oportunidades, conhecimento e prosperidade através da busca de nossos sonhos.

Num mundo conectado, temos milhões de pessoas desconectadas da realidade necessária. Vivemos acreditando na melancolia de um futuro que nunca chegou. Já há mais de um século de Republica. Acreditamos que nossa felicidade está na mão de outros apesar de nunca aconselharmos isso aos nossos filhos. Esqueçam até a hipocrisia genética da esquerda, ela somente piora a doença mental de crer que o Estado, ou um governo, pode fazer por nós o que nós devemos fazer por nós mesmos.

Por fim, lembremos que o PT está nos fazendo um imenso favor de chacoalhar velhos tabus. Ele nos mostrou que elite no Brasil nada mais é do que apenas um bando de corvos que devoram os olhos do povo. Corvos sem nome. Corvos acrônimos, geralmente iniciando com Pê. Pê Tê, Pê Sol, Pê aquilo, pé na bunda dos trouxas que acreditam no modelo de governo déspota que se junta a empresários em uma simbiose necrosada já na origem, pois sufoca o capitalismo de concorrência livre com o ganho fácil do capitalismo parasitário de sempre. Precisamos que a classe média, tão odiada por Chauí et caterva, opere o milagre de se tornar a nova elite moral e empresária de um país mais humano e livre, mais criador de sonhos e menos interventor das nossas esperanças. Um país de todos, onde o "todos" não sejam somente aqueles que dependem financeiramente deles, sejamos todos nós, independente deles.




quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Ser ou não ser?

Tenho um texto meu Manifesto aos Militares , onde já afirmei que prefiro a participação dos militares, e seus valores patrióticos, na política do que no governo. Talvez se tenha perdido muito da honradez moral devido ao pragmatismo de sobrevivência imposto às FFAA desde FHC. Talvez. O silêncio imoral nos causa essa dúvida. Prudencia ou imprevidencia? Existe um botão de dane-se?
Não possuo credenciais para defender um governo de exceção, pois nele acaba por imperar um autoritarismo necessário para se estabelecer o controle pela imposição (não necessariamente o uso) da força das armas. Mesmo que não haja sangue, esses sistemas não poderiam se estender sob o imenso risco de os mesmos acabarem por criar seus monstros particulares nos subterrâneos do poder (tipo Mengheles da vida), pois independente da intenção fim, os meios para se chegar podem ser capengas. Em teoria uma intervenção se resume em tamponar o comando da nação até que se realizem novas eleições. Como no país da eterna teoria do tudo que é nada, nada me faz acreditar que seja assim breve.
 

Contudo estamos num impasse. Ser ou não ser a favor de uma intervenção mesmo estando conscientemente defendendo, ainda que particularmente até este momento, uma filosofia alinhada a um Estado mínimo e regulações econômicas que permitam o livre mercado, mesmo que tenha em mente muitas preocupações quanto a pobreza, geração de oportunidades, uma educação universal livre de doutrinas e mesmo um tema sensível como a preservação do meio ambiente? Uma tentativa de politica econômica liberal com uma boa dose de conservadorismo do que é bom, ou ainda serve aos bons propósitos.

Minhas crenças precisam ser contrapostas neste momento. Encontro-me lutando contra meus próprios valores a fim de não me arriscar numa luta inglória. Prego a liberdade e poderia apoiar uma ação que pode suprimi-la? Contra mim existem inúmeras evidencias de que qualquer defensor da liberdade de pensamento, pode estar prestes a ser derrotado. Pode ser questão de poucos, ou mesmo muitos meses, mas a tendência política aponta numa direção autoritária, ou ao menos hegemônica, sob o manto democrático das liberdades individuais.

Posso escolher ficar lutando bravamente junto a colegas alinhados e corajosos, e acreditar numa possível vitória milagrosa, ou pedir que resolvam por nós esse impasse. Também posso ser otimista e acreditar que os erros cometidos pela arrogância do "já ganhamos" cometidos pelos 'velhos novos' donos do poder bastam para lhes tolher a vitória quase alcançada. Também existem gatilhos já disparados que podem mudar os rumos previstos. talvez a pressão popular não se traduza em renuncia ou deposição de um governo estelionatário, mas possa criar repulsa permanente em conceitos hegemônicos e autoritários plantados e regados há tempos.

Quase? Sim, estavam quase lá, criando a hegemonia tão desejada, mas alguns heróis de ocasião criaram condições para a virada. Joaquim Barbosa e todos que colaboraram para o relatório do Mensalão iniciou um processo que agora abraça o juiz Sérgio Moro.
Tivemos sorte deles serem tão brucutus na sanha pelo dinheiro ilícito. A lição do mensalão não impediu os demais sistemas de espoliação de crescerem em escala nunca vista. Foi tão escancarado que não houve como conter. Esse foi o grande erro que imputo à arrogância. E também a nossa sorte. A publicidade dos grandes números envolvidos saiu do controle do jogo do mais ou do menos corrupto para se escandalizar a população esclarecida, e alguns incautos, a um nível superior do esperado. Por fim a contabilidade de altos níveis acabou por sensibilizar a grande massa, e amenizou a manipulação da opinião publica que utilizava a polarização da politica entre somente 2 caminhos muito conveniente ao lulopetismo: "Todos somos corruptos, mas votem no PT porque ele botou comida na mesa do pobre. Não votem no PSDB porque ele governa para as elites". O PT conseguiu unir o povo em torno de uma idéia, como tirar o mesmo do poder. Está por ensinar que elites já não são mais um ente abstrato, mas sim os mesmos novos ricos no poder.

E também temos a grande evidencia da fraude criando um clima de ilegitimidade a este governo já tão ilegitimo por inúmeras outras razões.
Muitas e muitas evidencias de fraude em urnas pipocaram esparsas, mas cheguei a conclusão de que eram apenas cortina de fumaça para o ato mais suspeito a ser escamoteado por essa cortina de fumaça, a contagem secreta dos votos para a presidência em sala fechada com apenas um comandante e uma testemunha.

Temos um governo ilegítimo, mas não por ser apenas subserviente, mas mais grave, sócio fundador de uma entidade de caráter político internacional com objetivos políticos totalitários para toda a América, e se isso não basta para ilegitimar, sob a nossa própria lei, esse governo ainda conseguiu que se utilizasse a empresa VENEZUELANA Smartmatic para coordenar a contagem sistêmica dos votos que presta serviço em quase todos os países, agora governados por partidos membros do tal Foro de SP.
 

Eu já vinha publicando em redes sociais há mais de 1 ano fatos e reportagens internacionais que demonstram os inúmeros furos na segurança das urnas Diebold. Não só as mesmas abrem janelas perigosas para fraudes como foram combinadas com o sistema da Smartmatic, empresa que foi banida dos EUA por não possibilitar a menor segurança na contagem dos votos. Nenhum país com democracia consolidada utiliza um sistema com tamanha insegurança e falibilidade. Para colocar a cereja no bolo, "coincidentemente" o ex advogado do partido foi o responsável pelo comando da apuração secreta e fechou a mesma para qualquer testemunha durante a famosa virada da governista que perdia por larga margem.
 

Mas porque então o PT tomou um samba nos estados sob o mesmo sistema e não reclamaram de fraudes? Porque as pesquisas apontaram números que corroboram o resultado? Respondo com outra pergunta: conhece algum supositório que seja envolto de areia?
 

A grande sacada é utilizar a própria democracia como forma de criar hegemonia.
Pesquisas que erraram feio no primeiro turno de repente acertam na mosca quando é preciso. Ora, idiota não sou, e você? Percebam a sutileza do que quero comentar, de que não existe debate ideológico no Brasil, existe apenas a retórica de quem é mais ou menos capaz para criar programas de Estado/Governo (juntos e misturados assim como requer o autoritarismo) como solução de todos os problemas do país. O Estado é vendido como a solução de todos os problemas do povo sendo que ele na verdade só se mostra como o pior inimigo do mesmo, lhe devolvendo serviços péssimos, com raras exceções.

Não acusarei partidos sem saber, mas na minha percepção, independente da cumplicidade de opositores de fachada, ou não, essa situação hegemônica da esquerda tradicional não é conveniente para a democracia. O populismo é uma ideologia pai que abriga todos os seus filhos, sendo os mesmo socialistas ou não, mas no nosso caso todos os filhos resolveram se unir na esquerda e dominar a política para sempre. Não existe pensamento que não precise ser refinado por sua oposição, mas isso não ocorre aqui. Campo perfeito para que um partido apátrida como o PT criasse seu sucesso baseado na mentira, no peleguismo e no pragmatismo corrupto de unir Collors e Lullas no mesmo balaio e ter como oposição partidos que se dizem mais radicais, ou menos intervencionistas, porém todos embalados na mesma papelaria.

Mas o que achamos não importa, pois quem divulga noticias para a grande massa já está sob as rédeas do pensamento hegemônico, sejam por estarem aparelhados em suas redações, seja por serem devidamente seduzidos pelas verbas publicitarias do cabresto econômico governamental. Exemplo bom? As manifestações de finais de semana que contaram com quase 10x mais pessoas do que divulgado e a desproporção da cobertura com a marcha dos vermelhos no meio da semana (trabalhadores certo?). O porque assistimos as incontáveis vezes que insistiram em rotular manifestação contra o governo como apenas voltados para a intervenção militar, sem mencionar qualquer outra faixa ou grito por justiça para os incontáveis crimes lesa pátria que estão praticando sem cessar. Mas ainda tudo isso pode ser prematuro sob o ponto de vista legalista que precisa esperar o judiciário regular nossas pautas. Ou defender que algo que seja feito de imediato para quem já se preocupa com o tempo jogando a favor do governo estelionatário. Sim não falamos sobre os correios e nem sobre as mentiras, nem sobre todo o aparelhamento indecente.

Enfim, por mais que alguém tente juntar todas as peças o tabuleiro fica confuso, e é aí que reside a esperança desses conspiradores sórdidos, que tudo seja tão nebuloso que pareça mesmo uma teoria da conspiração. Uma tacada de mestre. Assim como a diabetes, essa doença totalitária evolui silenciosamente pelo nosso corpo brasilês até que esteja pronta para nos colocar na UTI da democracia.
 

Assim firmo minha questão: sendo contra governos de exceção, como posso pedir uma intervenção sob o risco da perda de controle? Mas também sabendo que já estamos atingindo um grau relativamente alto de um governo de exceção já instalado no poder, como posso não desejar que sejam destituídos de seus poderes centrais de onde comandam o jogo de cena da democracia de mentirinha?

Não tenho resposta. Talvez você leitor, a tenha. Podemos divergir neste caso, talvez seja apenas questão de tempo, mas tenha certeza, concordamos em centenas de outros pensamentos anti totalitários que preciso que estejamos todos lutando com as armas certas nos momentos certos. Tudo a seu tempo, mas todos juntos numa só voz! Fora PT, fora hipócritas, fora ditadores fingidos, pois saberemos responder se jogarem na UTI nossas liberdades individuais. Mirem-se no exemplo dos heróis venezuelanos que estaremos no caminho certo. Duvido que nossos protestos pacíficos sejam hostilizados pelos nossos militares, e acredito que ainda venceremos essa horda de canalhas quando menos esperarem.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A hora de mudar é agora!

Compareci ao Largo da Batata ontem para somar minha voz aos muitos que foram, mais por estarem fartos da mentira, da hipocrisia e do crime institucionalizado como política de Estado, do que por serem militantes de partidos. Claro que o PSDB e o Solidariedade, e personalidades do PV deram suporte ao evento, mas conversando com inúmeros participantes notava-se que o que os motivava estar ali era a esperança de mudar. Famílias, idosos e jovens vibravam muito pelos gritos de mudanças e de protesto. Rancor e ódio? Só os canalhas podem afirmar isso.
Sentia-se a indignação no ar. Ecoava o grito de quem cansou de ouvir acusações levianas e ficar calado. Mãos ao alto clamavam por liberdade e justiça, não por mais favores de Estado. Era a praça dos indignados que se levantaram para dizer que não, não somos idiotas nem separados por negros e brancos, por classes nem por gênero, somos um povo só, de alma cansada de ser enganado, somos unidos neste grito pela nossa dignidade, para tomar de volta o futuro para o bem, para a lei, para a fé e para o progresso de nossa bandeira.
Sabemos que muitos desse povo ainda se escondem sob o peso do medo, reféns das ameaças covardes propagadas a céu aberto pelos comitês petistas e sem a devida punição pelo tribunal eleitoral. Ameaças essas, registradas e denunciadas em vários estados, que sequestraram covardemente a liberdade de escolha destes humildes. Por mais que sejam criticados por sua covardia ou pela sua ignorância, o verdadeiro vilão continua sendo a propaganda covarde do partido governista.
Nosso país está caminhando para as trevas, nosso governo chafurda em tanta lama que nem podemos processar em nosso cérebro como fazer para dizer um basta! Corremos a denunciar em nossos teclados, publicar textos e denúncias em vídeos, mas preciso alertar que estamos muito próximos de uma quebra institucional se a mudança fracassar.
A hora não é para depois, é agora! Militem a favor da liberdade, contra essa ditadura enrustida! Pelos nossos filhos! Pelos nossos netos! Vamos comparecer as ruas, vamos pedir votos, convencer os indecisos e omissos, vamos tomar de volta nosso futuro, nosso país, nossa liberdade!
Que os ventos da liberdade soprem nossos corações! A partir de hoje até o domingo próximo, vamos as ruas para trazer de volta a razão e a esperança, pelo voto. Agora é Aecio!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A tempestade perfeita da eleição

Admiro o candidato Aecio Neves, como seu avô está destinado a habitar as principais páginas da história. A conjuntura eleitoral deste 2014 pode ser comparado à tempestade perfeita onde todos os fatores que podem contribuir para o fenômeno se fazem presentes criando uma tempestade de proporções gigantescas.
Aecio pode não ser o candidato ideal de muitos eleitores, mas está numa posição excepcional neste segundo turno por ter conseguido se promover como a melhor alternativa de mudança onde concorreu principalmente com Marina Silva, a quem ultrapassou numa arrancada de última hora. Sua condição invejável neste segundo turno se deve a pluralidade dos segmentos que aderiram a sua campanha após sua conquista. Considerado uma opção liberal por muitos esquerdistas radicais, ou sejam simplesmente cínicos mesmo, e conservador demais para os defensores de maior liberalismo econômico ou que defendem um Estado mais eficiente e menos intervencionista, Aecio conseguiu a proeza de unir essas diferentes visões políticas em seu apoio. Para explorar um pouco melhor a conjuntura de forças que estão formando esta tempestade perfeita temos alguns exemplos a expressar-se como forças antagônicas com propósito único de defenestrar essa quadrilha do poder central e periférico.
Muitos reacionários (O significado original, referente ao radical da palavra, indica que reacionário é todo aquele que reage) que estão indignados com os rumos bolivarianos que estamos perseguindo neste governo sob a batuta do Foro de SP (saiba mais aqui http://tinyurl.com/pu3tlks/), meu caso particular, são eleitores órfãos da direita clássica que deixou de existir quando o PFL se tornou DEM e aderiu ao pragmatismo vendido de apoio ao status quo, assim como o PMDB. Esses "reaças" (acho o termo muito pertinente) sem partido estão conseguindo cada vez mais simpatizantes às suas teses do que os esquerdopatas de plantão poderiam desejar. Quando ouvem um discurso de que o melhor programa social é um emprego, ou que onde o capitalismo deu certo, foram realizadas naturalmente as maiores distribuições de renda já registradas na história mundial, esses "donos da verdade" e "monopolistas da virtude" tem chiliques esquizofrênicos e começam a destilar todo seu fascismo doentio. Nada mais sintomático para demonstrar qual o sentido de democracia que possuem, participativa para todos só até o limite de seus interesses.
Reaças embalados na campanha de Aecio ao lado de militantes da esquerda tradicional é um fato marcante, e para aumentar o improvável, o candidato conseguiu até seccionar o PMDB governista, nos autorizando pressupor um possível governo tucano no Brasil a partir de 2015. Nada mais pragmático por parte de um partido como o PMDB de se dividir, para permanecer unido ao próximo governo, mas mesmo assim é um movimento que não deixa de somar votos na oposição, desgostando o governo.
Ainda mais quando estudamos o cenário partidário no seu espectro ideológico, percebemos que, com boa vontade, identificamos partidos que oscilam do centro para a esquerda radical. Assim somos um país capenga, sem oposição de verdade pois todos seriam apenas mais do mesmo. Nesta falta de oposição ao modelo petista, e com o estabelecimento de uma hegemonia socialista, também a partir de uma tempestade perfeita da esquerda, não houveram suficientes políticos com a coragem de se identificar com a direita, que acabou demonizada sem defesa. Culparam a tal direita de todos os males, e nossos pensadores liberais (de verdade) mais brilhantes faleceram. Ficamos assistindo a construção do pensamento único, o politicamente correto apoiado pela patrulha ideológica de setores importantes como imprensa e meio artístico cuidavam de qualquer Regina Duarte que ousasse sair da linha do trem, que saiu de Frankfurt e fez uma parada na Itália dentro da cela de Antonio Gramsci. Dentro dessa hegemonia, a arrogância dos vitoriosos os levou a um espólio tão nefasto do Estado, que em conjunto com o fracasso econômico e administrativo do governo atual, incapaz de solucionar as mazelas de setores básicos como transporte, saúde e educação, deu início ao movimento de reações espontâneas (mesmo que encabeçadas por movimentos cúmplices do governo) em junho de 2013 que permitiram o fortalecimento do pensamento reacionário (agora a direita que reage, finalmente).
Não podemos esquecer que recebendo todo este amplo leque de apoios, estão os tradicionais tucanos que se identificam com a esquerda da social democracia que originou o partido. Esse pensamento de esquerda um pouco menos radical é considerado uma aberração pela imensa maioria de militantes da esquerda socialista, sendo assim rotulados como uma direita, em seu espectro peculiar de ver o mundo.
Dentro desse posicionamento, seria imprevisível uma candidatura abraçar tanto seguidores da Rede e do PSB, muitos oriundos das fileiras petistas, do PPS e demais partidos que possuem seguidores um pouco menos stalinistas e ainda receber apoio de alguns pensadores de esquerda que já foram petistas de primeira hora. Acredito que muitos destes militantes da esquerda que hoje estão com Aecio, perceberam os erros cometidos pela ganancia desmedida, pela convicção da vitória e da hegemonia que seria liderada pelo PT, e na sua esteira estariam as "oposições" coniventes que hoje já não se contentam em ser coadjuvantes, e não formam mais fileiras nesse projeto de poder. Não podemos esquecer que democracia, para a esquerda do Foro de SP, é um meio para se chegar ao fim. A única lógica invertida deles é que o pensamento hegemônico agora chega antes do final totalitário pretendido pelo socialismo.
Vejo algumas dissonâncias entre esses conjuntos, mas entre os acordes fora do tom cordial, todos se unem em torno da ideia de libertação desse poder corrompido e pútrido. Além disso aderiram ao conjunto muitos daqueles que não acreditam nem em conspiração socialista, nem em liberalismo, mas sim no resgate simples da ética e da moralidade perdidas num mar de lama infinito. Claro que sabem que não existe cura imediata, nem garantias eternas, contudo pior do está só se houver convulsão social. São eleitores desconfiados de todos os tipos de promessas de um mundo melhor prometidos nas campanhas, mas resignados com o possível, dentre o imperfeito (talvez sejam os que mais representam o motivo da formação desta "tempestade"). São eleitores com o claro objetivo de alternar o poder vigente por serem contra o estado de irracionalismo que atingiu a corrupção e a mentira, e esses podem se situar em qualquer espectro ideológico. Enfim, dessa união de forças consonantes e dissonantes entre si, formou provavelmente a maior "tempestade perfeita" de caráter eleitoral já vista na nossa recente história desde 1989.
Podemos dizer que seriam ventos que sopram em direções opostas e acabariam por terminar num pequeno vendaval, mas resolveram soprar juntos para o mesmo lado e estão perto de conseguir derrubar a muralha do medo e do terror construída com a ajuda da cumplicidade bolsista de muitos incautos que não sabem nem onde fica a Venezuela, nem quem são jovens estudantes venezuelanos mortos pela "democracia" bolivariana.
Fica aqui apenas o registro de que estamos vivendo os estertores das trevas, tenhamos fé, pois a mentira grassa sob formas percentuais em institutos devidamente patrocinados. Peçam votos libertadores em cada momento de vossos dias, pois essa tempestade perfeita tem força para muito mais do que parece.

Que Deus abençoe a todos nós com os ventos da liberdade!

sábado, 18 de outubro de 2014

O Rei é cínico e o povo aplaude!

Não deu para sentir nada diferente assistindo aos debates deste segundo turno presidencial de 2014. Sentimento de desesperança, daqueles de entristecer qualquer otimista de plantão. Mentiras e ataques gratuitos, dissimulando a falta de um programa de governo que demonstraria apenas o oportunismo da atual gestão que pouco fez a favor da estabilidade e do crescimento, molas impulsoras do real combate a pobreza. Temos dois opositores ao modelo de gestão atual, um que se orgulha disso (e nos dá esperanças) e outra que não se envergonha deste fato.
Vale-se de tudo, desde mentiras até uso da "máquina pública" para propaganda. Não importa a verdade, tampouco qual o futuro proposto, mesmo porque seria mentira também. O futuro a nós reservado não é o que a propaganda do governo diz, assim como o presente também não corresponde ao propagado. Enfim, o rei (o dono do poder independe de gênero) toma a tribuna, faz cara de arrogante, arrota lorotas e calúnias no maior cinismo hipnótico e ainda assim recebe aplausos comprados a custa do erário ou do medo.
E no meio disso tudo uma grande parcela do eleitorado sem o menor pudor de demonstrar seu medo optando pela manutenção do descalabro apocalíptico administrativo, mesmo que isso lhe tolha um futuro melhor, apenas porque tem pavor de perder um Estado provedor, mesmo que este seja apenas um paliativo.
Presumindo que muitos estejam vacinados e não estejam acreditando nas mentiras terroristas sobre o candidato do PSDB, isso não garante imunidade a perda de votos, sim ele pode perder votos dos indecisos, mas o principal motor da opção do voto na situação não é a "fábrica de dossiês", pois essa funciona como cortina de fumaça na campanha e apenas toma tempo precioso se debatendo reputações enquanto o verdadeiro terrorismo eleitoral mais baixo toma conta das ruas e lares humildes. Também vou presumir que muitos destes humildes tampouco devem acreditar nas promessas vazias da paradoxal "opositora da situação". Então o que temos para nos esclarecer sobre essa quantidade expressiva de votos que possui o aparelho governista atual, mesmo estando com lama até os ouvidos? Porque estamos preocupados com a possibilidade desta gente imoral se manter no poder?
Depois de ver o áudio onde um comitê gaúcho do PT faz terrorismo com eleitores que recebem o Bolsa Família, ter conhecimento de ameaças de perder o Prouni caso vote no candidato da oposição não fica difícil imaginar o tamanho do terrorismo xulo que está sendo feito junto a classe de emergentes da miséria e principalmente entre os miseráveis. Acredito que existam inúmeros votos, que façam expressivo contingente, que sejam reféns do medo. Dentre cúmplices e reféns, se concentram muitos dos votos daqueles que não fazem parte da militância ideológica, e são realmente a grande massa de eleitores que pretendem a manutenção do que está aí.
Ameaçar eleitores com a perda do benefício é inaceitável, mas num país paralisado pelo medo e pelo compromisso dos militantes infiltrados em todas as instituições da república, fica difícil punir na forma da lei. Não é preciso ir longe, basta ver Joaquim Barbosa lutando como Don Quixote, e apesar do apoio popular, sofreu tanta pressão que se aposentou. Hoje estamos vivendo um paradoxo perigoso, temos excesso de leis, contudo elas não bastam para fazer justiça. Denúncias pipocam todos os dias, inebriando o povo que não consegue levar a termo nenhuma delas. O escândalo do uso político dos correios não bastou para que a candidatura governista sofresse sequer a ameaça de ser impugnada. Em consonância com essa situação, a população não recebeu a informação com a gravidade que merecia. Já escrevi sobre cumplicidade, mas me fixei no eleitorado passivo, contudo ela é forte também numa imprensa amestrada, que robotiza escândalos em nome da "isenção" jornalística. Cunho uma frase: as manchetes em letras garrafais tomam a vanguarda da alienação política e social necessária aos donos do poder. Desgraças e crimes são anunciadas de forma a moldar o sentimento de que isso faz parte do plano comum da vida, são vistas e revistas de modo a entorpecer a consciência. Cirurgicamente estão em meio a manchetes sobre esportes e fofocas, o novo circo romano. Nada contra esportes, adoro uma disputa épica e dramática, mas com certeza isso não domina meu dia a dia como assunto principal. A grande sacada que devemos ter como povo é não se abster de debater política, mas não debater como debatemos esportes com o perfil do meu partido ser melhor que o seu partido. Isso é pura idiotice que nos faz cumprir o papel que nos imputam, imbecis retóricos se aproximando do fanatismo e se apegando a siglas e bandeiras.
Precisamos aprender a debater sobre o que esperamos de nossos políticos, o que desejamos para nossos filhos nas escolas e universidades, o que se espera encontrar no momento que necessitamos recuperar nossa saúde num ambulatório ou num hospital, seja público ou particular, e por fim ter o direito de possuir um automóvel particular circulando em vias de qualidade, sem deixar de ter a oportunidade de utilizar um transporte de massa de boa qualidade, a fim de evitar congestionamentos irritantes e diminuir a poluição das grandes cidades. Mas nada disso interessa, pois a classe média pensa demais, pensa de modo até a irritar Chauí, claro, ela representa o pensamento democraticamente único, se isto é possível.
Para corromper qualquer possibilidade de pensamento liberal entre essa nova "classe média", encontraram uma contabilidade com o propósito de identificar a classe pobre, recém saída da miséria com a classe média tradicional. Falar que um pobre da classe D ou E não é classe média é preconceito! A elite (mas que é classe média) branca (excluíram todas as demais etnias da classe média) não aceita pobre viajando de avião!! Pronto, o politicamente correto entrou em cena. Independente de existir ou não o preconceito entre inúmeros indivíduos, e ele existe entre alguns, mas não em todos, a patrulha do politicamente correto é fomentada a fim de se criar o medo de ser rotulado e criminalizado. Silêncio, somos um grupo heterogêneo que precisa se comportar homogeneamente e pensar como "se deve", não são pobres, são classe média agora, por determinação dos aparelhos de estudos econômicos do governo. Pronto, os humildes ganham uma ascensão social e são incluídos, e ai de quem os excluir.
Mas porque fizeram isso com os pobres? Estão realizando o "sonho brasileiro", um pouco mais humilde e forçado que o o americano, mas fazem crer que o povo saiu da miséria da noite para o dia, e não devido a estabilidade econômica iniciada há 20 anos atrás. Memória curta mesmo. Sabem disso. A prosperidade gerada pela baixa inflação foi anabolizada com a grande oferta de credito. Esse "salto" do poder aquisitivo comoveu os excluídos.
Esse sentimento de conquista fica impresso na mente destes emergentes e são a imensa maioria das famílias brasileiras, das classes D e E, que ainda compõe sua renda entre própria e com ajuda do Bolsa Família (alguém acredita 100% na lisura do cadastro?) ou muito dependente da Bolsa como forma de subsistência. Aí entra o golpe de mestre da alienação e do terrorismo eleitoreiro, o eleitor acabou de deixar a miséria, se sente incluído, mesmo que sob condições reais ainda miseráveis, mas tem muito viva a lembrança dos tempos tenebrosos que a vida de privação lhe impôs, e se assusta com qualquer possibilidade de voltar a estes. Não existe como pedir consciência política a alguém nessa condição, mesmo possuindo senso moral, o desespero assume e torna as escolhas reativas. Esse trabalho é a mola mestra do cinismo e do terrorismo petista.
Já fiz uma critica mais severa aos eleitores que sabem de toda podridão moral deste governo e ainda assim não escolhem escapar desta arapuca populista. Farei também aos que temem perder o pouco que tem, pois lembram-me a passagem da parábola dos talentos, aos que pouco tem lhes será tirado esse pouco, e será dado aos que muito tem, e ainda serão atirados às trevas, onde há choro e ranger de dentes. Nem será preciso fazer a correlação espiritual com a situação material presente. Essa parábola é um conselho de amigo, pare de aceitar a esmola que lhe ofereceram e faça sua parte para que seus "talentos" se multipliquem. Ter a coragem de mudar, mesmo que ainda seja longe do ideal necessário, já é um ato multiplicador.
Combinando esta política apodrecida pelo cinismo criminoso, impune, com a paralisia do medo e da cumplicidade, temos a tempestade moral que vivemos. Políticos presos sendo defendidos como presos políticos no governo de seu próprio partido é o bolo desta festa nefasta onde a cereja seria a tal gerentona da cara azeda, fazendo o diabo, literalmente, para manter o poder.
Sentem-se e assistam os próximos capítulos desta história de horror, onde o rei discursa prometendo o céu para todos mesmo mostrando as fotos do inferno, e ainda é capaz de ganhar muitos aplausos. Enredo possível somente num país tão exótico como o nosso.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Quando o espelho se quebra!

Quando a hipocrisia é tanta que acaba por gerar estupidez! O discurso da nossa gerentona mor da república foi um verdadeiro ato de estupidez moral e política. Na quesito moral, minha crítica não acrescentaria muito, pois ela acabou estripada por grandes pensadores, que mostraram sua faceta mais abominável de ex terrorista de campo, agora terrorista de gabinetes e de propaganda.
Mas no quesito político, ela abriu uma fenda gigante em sua imagem de santa provedora junto aos mais humildes. Por mais cúmplice que seja um eleitor desavisado, ou subletrado, que se permite votar em políticos canalhas em troca de esmolas que lhe aliviem a miséria, ou mesmo que lhe permitam o ócio, ele continua possuidor de uma moral cristã de fundo que lhe garante a redenção social e pessoal. Podem acreditar, mesmo uma pessoa que admita a pequena indulgência de votar em bandidos que lhe assegurem uma subsistência mínima, ela se assegura de manter valores fundamentais de moral cristã quando o assunto envolve uma escolha compartilhada, ou seja, ao perceber que sua provedora bolsista defende fundamentalistas que crucificam, chutam bebês, queimam vivos cristãos mundo afora, sua guarida moral, seu muro de defesa, a justificativa de sua indulgência cai por terra. Defender corruptos no poder, pois que roubam "ricos" (mal sabem que eles mesmos, os humildes, são os mais espoliados), em troca de sua mesada governamental lhes parece lógico, dentro do seu universo pessoal de miséria, fazem valer uma certa síndrome de Robin Hood apoiando este anti herói do planalto. Agora como podem defender o anti herói no momento que ele se enamora de seres abjetos que cometem atrocidades contra os crentes de Cristo?
A brilhante gestora do planalto e sua incrível equipe de marketing cometeram um verdadeiro harakiri moral na ONU. Foi um ato supremo de hipocrisia, temperado pela arrogância. Fingiram ser como o lulinha paz e amor, pregando dialogo com o terror, assim como todo socialista o faz em relação a bandidagem. Acreditam que o crime é causado pela opressão do capital e não pelo desvio de caráter do indivíduo, e nisso se deram muito mal, muito porque o ladrão rouba por motivação econômica (ambição), e isso é claro para os mais humildes, e assim fica mais fácil fazer uma mentira parecer uma verdade, mas no caso dos terroristas islâmicos a motivação opressora do grande satã (EUA) não cola, é crueldade pura mesmo. Genocídio não se parece com roubo a banco, nem assassinato de crianças com latrocínio. Complicado o perdão do criminoso do ISIS por ele ser vítima da tal opressão capitalista.
Mesmo numa descrição mais rebuscada do que a linguagem direta dos subletrados, a diferença entre motivação e caráter fica tão abissal que nem precisamos de um especialista em sociologia ou antropologia para compreender o tamanho do equivoco da gerentona e equipe. Assim arrisco o palpite de que essa hipocrisia entre opressão e falta de caráter foi estupidamente utilizada, mesmo porque somente a arrogância de quem se considera detentor de toda virtude poderia causar tamanho estrago por subestimar o impacto do discurso num povo subjugado, mas ainda cristão.
Quando abraçaram o terrorismo de esquerda para implantar a ditadura comunista no Brasil, muitos militantes sabiam que seus atos matariam inocentes (baixas necessárias) e assim o fizeram pois tinham fé na crença de que inocentes morreriam para o bem de uma causa maior e nobre. Nada mais cínico, pois não existe nobreza na causa comunista/socialista, ou melhor, existe sim, os dirigentes serão a nova nobreza que conduzirão os miseráveis a sua redenção material e social, serão tão pobres quanto as demais classes empobrecidas enquanto a nobreza se locupleta com o poder e suas benesses capitalistas.
Mesmo assim, essa ideia de que todos irão compactuar com essa desculpa, da opressão ser causadora e justificativa para crimes, só funciona entre os idiotas úteis, os incautos rebeldes e até certo ponto entre os demais desavisados. No fundo já existem muitos pais e mães que sabem muito bem que seus filhos entram no crime por vontade própria, ambição, desvio de caráter ou qualquer motivação pessoal.
Porém o espelho que assemelhava os terroristas "oprimidos" comunistas e os seus pares islâmicos assassinos se quebrou numa premissa imbecil, e agora mostra a verdadeira face do monstro que nos governa.
A oposição tem que se fazer ouvir nas praças, ruas e nos rincões do chão de terra sobre isso. Não é terrorismo advertir aos incautos sobre as intenções dos verdadeiros terroristas políticos. Está na hora da coragem de se combater o bom combate e não se omitir numa conversa de campanha apenas bem vestida de propositiva. Do lado terrorista do planalto, o argumento do fantasma da miséria e do desemprego funciona, ele é o gatilho para justificar a indulgência do humilde para com os bandidos (cumplicidade eleitoral) e os terroristas sabem muito bem disto. É preciso fazer crer que nada pode ser mais abjeto do que apoiar os verdadeiros cúmplices dos maiores crimes contra a vida, contra o povo humilde cristão. A oposição pode e deve ser critica e colocar o dedo nessa fenda política, fazendo com que essa ferida sangre muitos votos.
Se acharmos apelativo, lembrem-se que quem realmente faz numero de votos já incorporou a imoralidade socialista depois de décadas de Gramscismo e igreja conivente com teologias oriundas de ideologias humanas de esquerda, ou seja, nada de dar a outra face a tapa, pois serás taxado de cabra frouxo.
E mesmo parecendo ser golpe baixo, lembro que por excesso de cavalheirismo civil ficamos omissos tempo suficiente para que todo plano do Foro de São Paulo fosse implementado debaixo de nossos narizes e chegarmos ao ponto de quase virarmos uma Venezuela bolivariana. Considero um gesto nobre de civilidade mostrar a cara do lobo escondido debaixo da máscara do cordeiro.


Leiam também sobre povo cúmplice em:
Um olhar estrangeiro e o populismo messiânico
Brasil, um país de tolos

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O Cristianismo Gramsciano, se isso não fosse uma heresia!

Nada poderia ser mais cínico e falso do que um seguidor do materialismo histórico e dialético usar Cristo para converter um cristão a pensar como um tolo comunista ou socialista. Como a cristandade brasileira não foi devidamente convencida pela luta de classes proposta em décadas passadas, ressuscitaram Gramsci e o tornaram um mantra ideológico a fim de se infiltrar em todos os institutos formadores de opinião. Dentre todos, escola, igreja e comunicação social, o mais resistente era a igreja cristã. Era.
Os hipócritas se reformaram, encontraram um caminho sórdido de serem lobos em pele de cordeiros. Estão propagando mensagens da Bíblia com moral marxista, como se Cristo fosse a base do pensamento materialista, ou este descendesse do primeiro. Um fermento podre que nos tentam empurrar goela abaixo dia a dia. Ideologia humana, tentando se misturar a palavra que sai da boca de Deus.
É preciso acordar para as grandes e inestimáveis lições do Cristo, saber ensinar as atuais e futuras gerações com muito mais sabedoria do que é feito atualmente. Muito se perdeu, pois muitos foram idiotizados por valores infestados de ideologias materialistas disfarçadas, propostas de revisões nos conteúdos programáticos ditadas por "falsos profetas" como o tal "patrono" da educação, ídolo dos idólatras do materialismo dialético, e lenha do fogo que consome nosso povo idiotizado, oriundo das escolas ideologizadas com suas diretrizes Gramscianas. Freire não apenas colaborou para o terror social, como criou acadêmicos que pensam estar defendendo a liberdade do indivíduo no ensino laico, como se o pensamento humano fosse a solução frente a qualquer valor cristão, seja ele moral ou espiritual. O laicismo estando preso a uma ideologia, nunca será isento. Sendo originado no coração e na mente humana, nos condena a rejeitar toda sabedoria contida na mensagem Crística e assim fadado a criar um vazio moral que permite que Deus seja substituído pelo Grande Irmão, o partido que nos governa assim como no livro de George Orwell, 1984. No fim, temos uma inversão de valores onde ser democrático conjura o original grego e nos mostra que o pensamento único oriundo do proletário é a única forma válida de "democracia".
A intenção do ensino laico é isentá-lo da moral da igreja, seja ela qual for, e preservar o sentido do ensino como meio de conhecimento e caminho para a sabedoria, instrumentalizando a pessoa com conhecimentos capazes de impulsionar seu livre pensamento como forma de filtrar o próprio conhecimento e transforma-lo em sabedoria.
Até esse ponto somente um filtro sutil pode diferenciar a verdade da armadilha do próprio pensamento, confundir igreja com Cristo. Quando pensamos em evitar que a moral de qualquer igreja, ou religião humana, contamine o ensino, estamos na verdade desejando evitar que os interesses humanos contidos nesta igreja obstrua a construção do conhecimento que leve a sabedoria. Mas isso difere do fato de que não se possa avaliar Cristo como o verdadeiro libertador das trevas da ignorância e caminho para o conhecimento. A sabedoria, em qualquer nível, cabe a cada um de nós buscá-la. Não espere que saibam por você, pense de forma a saber por você mesmo. Isso é liberdade.
No fim, tenho a crença de que a palavra, manipulada e traduzida por objetivos díspares daqueles que intencionava Deus, pode nos levar a muitos becos perigosos.
Os falsos profetas grassam, e espalham raízes que nunca geram frutos, apenas mobilizam pessoas de forma vil conforme seus interesses de poder, fama e dinheiro. No caso, estamos assistindo o quanto se consome de vidas quando da manipulação intencional das ideologias humanas se sobrepõe às mensagens do Cristo. Em qualquer grau que seja, político ou religioso. As guerras, terrorismo e genocídios estão em toda parte misturando poder e religião, matando quem pensa diferente daqueles que buscam o poder a qualquer preço.
Quando procuramos avaliar o quanto o Gramscismo Cultural pode ser pernicioso,  buscamos exemplos práticos para se fazer uma correlação direta, pois tentamos evitar sermos rotulados de teóricos da conspiração. Mas a correlação não é direta, pois o Gramscismo apenas azeita o mecanismo do materialismo dialético. A confusão entre um Deus mal explicado e incompreendido que permeia as igrejas e a solução materialista, é um debate retórico que é dominado em ambas pontas pela ideologia humana, que transfigura a palavra a fim de convencer seus seguidores de que a instituição, ou grupo, de poder ou influencia, é detentora da chave da porta do reino dos céus. Mas nunca falam que a chave está perdida dentro de cada um de nós devido a bagunça filosófica que fizeram da palavra divina.
Gramsci, ou mesmo Marcuse, podem ter inspirado Freire, que inspirou a teologia da libertação que influenciou clérigos e professores a "revolucionar" o ensino "burguês". Ora, onde fica Deus nessa hipocrisia toda? São clérigos adeptos do laicismo francês iluminista da liberdade, igualdade e fraternidade que sufocou o papismo católico. Todos estes são interesses humanos sobre o que deveria ser um serviço a Deus. Estamos a serviço do homem, e a todas as suas manobras de poder e dominação sobre o livre pensar.
O materialismo dialético tentando se apossar das mensagens deixadas por Jesus de forma a traduzi-lo como um profeta de valores socialistas unificados com o pensamento francês é tão falso como nota de 3.
Quando se fala em liberdade, fraternidade e igualdade, temos que perceber um sinal de alerta sobre a igualdade, pois junto com esse ideal vem uma avalanche de equívocos! Por premissa filosófica fundamental, cada indivíduo é único e indivisível, sendo assim uma unidade que tem capacidade de convívio social (se bem que estamos próximos de perder essa capacidade). Sendo único, nunca será igual senão apenas um semelhante. E agora entra em cena a sutileza que faz a diferença, iguais não, mas semelhantes. Como pessoas únicas com diferentes pensamentos, capacidades, conhecimentos e talentos estamos dispostos a escolher nossos próprios caminhos, ter a liberdade de escolha entre errar e acertar a fim de exercer nossa liberdade. Como seres sociais, nossas liberdades devem seguir regras de convívio como uma base de autopreservação e grau de civilidade que seja equilibrado entre indivíduos e as comunidades. Como podemos dizer que somos todos iguais além do limite de que o somos somente em direitos fundamentais e nada além disso? E afirmo que direitos fundamentais não significa que devemos igualar todos indivíduos independente de seu esforço e mérito. Isso sim seria iníquo.
Parece simples, contudo tem sido fácil demais manipular a igualdade em favor da equiparação das diferenças, através do ativismo revanchista baseado no sentimento básico da inveja, bem como da cobiça, para não se fixar no coitadismo inerente aos vagabundos manipuladores da piedade humana.
Agora se torna oportuno evitar um tratado filosófico ou antropológico e mencionar as mensagens e parábolas que podem ajudar na fundamentação do meu pensamento.
Quando estudo a parábola dos talentos, percebo o quanto Cristo está longe de tratar igual os diferentes. Vejamos a mesma a seguir.

Mateus 25
1. Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens...
14. Será também como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus servos e lhes confiou seus bens.
15. A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu.
16. Logo em seguida, o que recebeu cinco talentos negociou com eles; fê-los produzir, e ganhou outros cinco.
17. Do mesmo modo, o que recebeu dois, ganhou outros dois.
18. Mas, o que recebeu apenas um, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor.
19. Muito tempo depois, o senhor daqueles servos voltou e pediu-lhes contas.
20. O que recebeu cinco talentos, aproximou-se e apresentou outros cinco: - Senhor, disse-lhe, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.'
21. Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor.
22. O que recebeu dois talentos, adiantou-se também e disse: - Senhor, confiaste-me dois talentos; eis aqui os dois outros que lucrei.
23. Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor.
24. Veio, por fim, o que recebeu só um talento: - Senhor, disse-lhe, sabia que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste.
25. Por isso, tive medo e fui esconder teu talento na terra. Eis aqui, toma o que te pertence.
26. Respondeu-lhe seu senhor: - Servo mau e preguiçoso! Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei.
27. Devias, pois, levar meu dinheiro ao banco e, à minha volta, eu receberia com os juros o que é meu.
28. Tirai-lhe este talento e dai-o ao que tem dez.
29. Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter.
30. E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.
31. Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso.
32. Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos bodes.
33. Colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda.

Cada um será tratado conforme a sua obra, seu intento, sua ação, seu trabalho... Aos falsos profetas do materialismo que deturpam os ensinamentos do Cristo, se apropriando de suas palavras para embutir pensamento socialista hipócrita nos cristãos cometem um crime contra a fé, e nisto estamos assistindo passivamente nosso povo ser guiado por cegos espertos a caminho do precipício da falsidade intelectual logo após atingir o pico da hipocrisia.
Voltando ao princípio de que regras humanas contaminam as lições cristãs, a salada que foi feita confunde a todos sobre quais seriam o valores humanos mais nobres a se adotar. Um pecado a que estamos expostos todos os dias.
Sigo acreditando que Cristo pode trazer mais luz aos que buscam a liberdade do que qualquer filósofo humanista, mesmo que este fale verdades e aponte caminhos verdadeiros, podemos extrair mais e mais do pouco que temos sobre os ensinamentos Crísticos, e o mesmo nos capítulos do Velho Testamento.
Uma vez já afirmei que a sabedoria é falar muito em poucas palavras, algo que estamos aquém do Cristo.